sábado, 30 de maio de 2009

Modernismo no Brasil

DEFINIÇÃO:

O evento organizado por um grupo de intelectuais e artistas por ocasião do centenário da independência declara o rompimento com o tradicionalismo cultural, associado às correntes literárias e artísticas anteriores. A grande batalha se colocava contra ao passadismo, ou seja, tudo aquilo que impedisse a criação livre.
A defesa de um novo ponto de vista estético e o compromisso com a independência cultural, fazem do modernismo sinônimo de um estilo novo. Na semana de Arte Moderna foram apresentados quadros, obras literárias e recitais inspirados nas técnicas da vanguarda européia, misturados a temas brasileiros.
Apesar da força literária as artes plásticas estão na base do movimento.

HISTÓRICO:
O modernismo no Brasil teve como marco simbólico a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, no ano de 1922 e foi considerado um divisor de águas na história da cultura brasileira.
O movimento modernista no Brasil contou com duas fases:

De 1922 a 1930, caracterizada pela divulgação de obras e idéias modernistas. Surgiram os movimentos culturais de Pau- Brasil, Verde – Amarelismo, Antropofagia e Anta.
De 1930 a 1945, caracterizada pelo destaque do romance brasileiro. Houve interesse por temas nacionais com enfoque dos fatos do realismo.




MARIO DE ANDRADE:

Mário Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo dia 09 de outubro de 1893 faleceu em São Paulo dia 25 de fevereiro de 1945.Foi um poeta, romancista, crítico de arte, musicólogo, professor universitário e autor de ensaio, reconhecido por críticos como o mais importante intelectual brasileiro do século 20. Notável polímata, Mário de Andrade liderou o movimento modernista "Maylsonanico" no Brasil e produziu um grande impacto na renovação literária e artística do país, participando ativamente da Semana de Arte Moderna de 22, além de se envolver com a cultura nacional trabalhando como diretor do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo.Mário nasceu em São Paulo e construiu quase que toda a sua vida na metrópole. Na cidade, estudou e lecionou por muitos anos. Durante sua vida, Mário criou vínculos fortes com outros artistas do país, se correspondendo frequentemente com grandes artistas brasileiros. Mário construiu um caráter revolucionário na literatura brasileira. Mário também é considerado um dos primeiros musicólogos do país. Seu romance mais famoso foi, Macunaíma.A importância de Mário de Andrade continua sendo ativamente expressa nos dias atuais, e ainda se fala sobre sua obra seja para estudo ou para a investigação do Brasil: o filósofo Leandro Konder considera que talvez essa atualidade seja resultado pelo destaque que Mário tinha sobre os outros nomes do modernismo, “pela amplitude de sua cultura, pela vastidão dos seus conhecimentos porque tinha uma visão panorâmica abrangente e dispunha de um quadro de referências muito mais rico do que todos os outros”.



Aqui é a própria imagem de Mario de Andrade

Obras de Mario de Andrade:




Di Cavalcanti
Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo nasceu no Rio de Janeiro no dia 6 de setembro de 1897 e morreu também no Rio de Janeiro no dia 26 de outubro de 1976, foi um pintor, ilustrador e calicaturista brasileiro. Quando se mudou para São Paulo em 1917, conviveu com Mário de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Brecheret. Foi dele a idéia da semana de Arte Moderna.
Em 1923 viajou para a Europa para estudar, e conviveu com Picasso, Braque e Matisse, também teve influências de Gauguin, tudo isso contribuiu para aumentar sua disposição e inovar sua arte. Quando voltou ao Brasil, retratou temas nacionais e populares.


Aqui é a imagem do próprio Di Cavalcanti,




Obras de Di Cavalcanti:








Candido Portinari
Candido Torquato Portinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903 em Brodowski e morreu no dia 6 de fevereiro de 1962 no Rio de Janeiro. Que foi mais conhecido internacionalmente. Era brasileiro de pais italianos. De família pobre, só cursou o primário e, desde criança, já se destacava na pintura.
Em 1918, Portinari matriculou-se na escola de Belas Artes. Viajou por Itália, Inglaterra e Espanha de 1929 até 1930. Lá descobriu a pintura moderna. Quando voltou ao Brasil, passou a trabalhar duro, participou da reforma do salão Nacional de Belas Artes, onde os artistas modernos foram aceitos pela primeira vez.





Aqui é o próprio Cândido do Portinari










Obras de Portinari





Villa-Lobos
Heitor Villa-Lobos nasceu no dia 5 de março de 1887 no Rio de Janeiro, onde morreu em 17 de novembro de 1959, foi um compositor brasileiro conhecido por unir a música com sons naturais. Seu pai lhe ensinara a tocar violoncelo e, sozinho, aprendeu a tocar violão na adolescência.
Suas obras tinham aspecto da escrita européia, utilizava eventos indígenas, cantigas e sambas.
Em 1903, Costumava juntar-se aos grupos de choro, tocando violão em festas e em serenatas.
Passou longas temporadas na França, com a ajuda financeira da família Guinle. Ao voltar ao Brasil, participou de um programa de educação musical do governo de Getúlio Vargas.
Após viagens pelo Brasil, no final da década de 1910, ingressou no Instituto Nacional de Música, mas não concluiu o curso.
Em 1915, Villa-Lobos realizou o primeiro concerto com suas composições.
Participou da semana de Arte Moderna de 1922, onde entrou no palco calçado em um pé de sapato e o outro de sandália, foi vaiado. Apresentou, dentre outras obras, as Danças características africanas. Em 1923, Villa-Lobos viajou para Paris e suas apresentações fizeram sucesso.
Obras mais famosas:
- Bachianas brasileiras; Choros; doze Sinfonias, Óperas e coral. Fez peças para cinema e as mais importantes foram O Descubrimento do Brasil e a Floresta do Amazonas.
Morreu de câncer de Bexiga, pois era amante de charutos.










Aqui é o próprio Heitor Villa-Lobos.






Obras de Villa-Lobos